terça-feira, maio 31

Virtual Land Party

Os Bibliotecários decidiram juntar-se, este ano, à mcp que tem reunido muitos "viciados". Mas como a mcp não tem notícias e nós não queremos mesmo perder esta oportunidade de nos fartarmos de net resolvemos não esperar pelo incerto e inscrevemo-nos na Virtual Land Party que já tem trabalho anunciado (e é assegurada pela Clix).
Mas isso não significa que a mcp esteja completamente fora dos nossos planos. Se nos convencer talvez sigamos de Lisboa, dia 24, para o Minho em busca de mais divertimento e convívio.

Só esperamos que seja mesmo divertido!

Sete Palmos de Terra

Sete Palmos de Terra é uma das melhores séries que eu conheço. Cada episódio é surpreendente e fascinante. Mas o episódio de ontem foi especialmente perturbador: cerca de meia hora centrada exclusivamente no David e na sua desventura na estrada.
Aprendi que não se deve dar boleia a desconhecidos, ainda que sejamos gay e estejamos carentes, mas, principalmente, este episódio colou-me como nunca ao ecrã. Há muito tempo que não sentia esta emoção pela desgraça eminente de uma personagem. É indescritível.
A HBO e a 2: já conquistaram as minhas Segundas. E há muito tempo…

domingo, maio 29

Outra vez Medina Carreira

Temos que agradecer ao BrianstormZ o trabalho de fazer a transcrição integral da entrevista de Medina Carreira ao programa "Negócios da Semana", no Sic Notícias. Medina Carreira dá mais uma entrevista imperdível. Devia obrigar-se toda a gente a ler isto!

Já chega de futebol

Bem, já chega de futebol. Parabéns ao Vitória de Setúbal. Parabéns ao José Rachão. Acabou de ficar provado que os jogadores do Benfica tiveram um mérito enorme ao ganhar o campeonato: foram campeões com o plantel mais curto da Superliga. Por isso ainda mais se devem orgulhar de terem sido CAMPEÕES. Assim fica arrumada mais uma época. Metade do país festeja a vitória do Benfica no campeonato, metade festeja a derrota do Benfica na Taça. Basta de futebol para mim(e não me estou a esquecer da selecção). O país pode prosseguir.

O geral e o particular

Ainda há pouco, no noticiário da Sic, um representante do sindicato da PSP exprimiu argumentos fazendo ver que eles, polícias, apesar de trabalharem para o Estado, não têm nada que ver com a restante função pública. Não se consideram funcionários públicos. E o argumento utilizado para isso é o de que os seus horários são por turnos e não os tradicionais das 9 às 5. A argumentação é ridícula: parte de um conceito geral ("função pública"), que não passa de um estereótipo usado de maneira infantil. Todos os empregos da Função Pública são diferentes e todos terão a sua especificidade. Se a polícia argumenta com a questão dos horários por turnos certamente que os enfermeiros, médicos, bombeiros também o farão. Eu, que sou professor, trabalho até às 22h20, o que, caso o Código do Trabalho seja revogado será considerado trabalho nocturno. A questão é que no geral todos concordam com a ideia, cada vez mais mitificada, de CRISE. Mas no particular todos têm dificuldade em identificá-la (excepto em certos sectores da economia). Todos concordam com os cortes nas despesas do Estado, mas ninguém aceita uma única medida que poupe dinheiro ao contribuinte (ninguém, nem os interessados nem os telespectadores de telejornal ou participantes dos fóruns das rádios). No particular nunca ninguém concorda com nada e isso acontece porque partimos de pressupostos diferenciados. Isto é, começamos discussões usando conceitos que são completamente falaciosos como CRISE, POVO, CRESCIMENTO DA ECONOMIA, DÉFICE, FUNÇÃO PÚBLICA, DIREITOS ADQUIRIDOS, e outros, que não têm uma realidade definida, ou que são usados de maneira perniciosa por alguns.

Que um sindicato use dos argumentos mais estrambólicos para defender a sua classe profissional aceita-se. O que ele não pode é acabar a sua argumentação tecendo considerações de cariz político-partidário, acusando o partido do governo de tomar várias medidas FASCISTAS. Por esta última declaração já compreedemos tudo, não já? Acham mesmo que vale a pena negociar nestas condições?

sábado, maio 28

Explicações de Português

A gramática, o dicionário e o prontuário são pouco usados. Talvez um blog seja mais atractivo.
Explicações de Português dá agora as suas primeiras explicações.

As Farpas

Foi em Maio de 1871 que Eça de Queirós e Ramalho Ortigão iniciaram a publicação d' As Farpas.
Deixo aqui um excerto transcrito desta edição: As farpas : chronica mensal da politica das letras e dos costumes / Ramalho Ortigão, Eça de Queiroz 1871-s. 4, n. 3 (Jun. 1883). - Lisboa : Typ. Universal, 1871-1883, dísponível na Biblioteca Nacional Digital.

"Ninguem crê na honestidade dos homens publicos. Alguns agiotas felizes exploram. A classe média abate-se progressivamente na imbecilidade e na inércia. O povo está na miseria. Os serviços publicos são abandonados a uma rotina dormente. O desprezo pelas idéas augmenta em cada dia. Vivemos todos ao acaso. Perfeita, absoluta indifferença de cima a baixo! Toda a vida espiritual, intellectual, parada. O tedio invadiu todas as almas. A mocidade arrasta-se envelhecida das mesas das secretarias para as mesas dos cafés. A ruina economica cresce, cresce, cresce. As quebras succedem-se. O pequeno commercio definha. A industria enfraquece. A sorte dos operarios é lamentavel. O salario diminue. A renda tambem diminue. O Estado é considerado na sua acção fiscal como um ladrão e tratado como um inimigo."
Foi em Maio de 1871...

sexta-feira, maio 27

Revista Atlântico já saíu! (número 3)

Tinha eu acabado de pagar o meu número da Atlântico, e trazia-a debaixo do braço, de peito inchado, armado em pseudo-intelectual-politicamente-incorrecto, quando dou de caras com um amigo meu que ia a entrar na loja para comprar o Le Monde. Ainda por cima o tipo é actor, e com jeito. E disse-me que acabou a escrever uma peça que levou ao palco com grande sucesso. Disse-me que não conhecia a Atlântico. E eu, que apenas compro revistas de direita e leio blogues políticos, só vou ao cinema para ver Star Wars e só vou ao teatro quando este meu amigo me oferece bilhetes desinchei o peito e olhei para a Atlântico com desprezo.

quinta-feira, maio 26

Parabéns ao Peixe mais Livre da Blogosfera

Hoje faz anos o meu blogue individual favorito. Um blogue genial, divertido e muito bem escrito. Uma das minha referências, a quem agradeço permanentemente. (É a primeira vez que desejo os parabéns a um blogue, já está...)

Portugal: o país das maravilhas

Subindo os impostos justicam-se todas as despesas. Sobretudo quando se tem 4 anos para acertar o défice. Não há outra maneira de encarar a coisa.

Ficção

A encenação de que fomos alvo por parte de Jorge Sampaio, Vítor Constâncio e o Partido Socialista teve 100% de êxito. Já se esqueceu o principal responsável pelo descalabro das contas públicas. Já se reescreveu a História. O que se disse há uns meses não vale de nada. As promessas não valem de nada. O número do "isto tá tão mau que nem fazia ideia" foi feito outra vez". Comprovou-se que na política vale tudo. Só a memória não vale nada, nem a razão. Tá provado que tudo é possível em política. A subida de impostos por parte de Sócrates terá consequências ainda imprevistas. Mas o pior nunca acontecerá. Os únicos partidos que poderiam e deveriam atacar esse repugnante acto político são cúmplices. Têm culpas no cartório, pactuaram com a política deles, não foram corajosos quando podiam e deviam. Agora ficarão calados. E a discussão ficará inundada de clichês, lugares comuns simultaneamente mentirosos e filhos da profunda ignorância do "povo". Diz-se que o défice é de 6,83% e as pessoas em vez de desatarem a rir porque é impossível dizer o resultado antes do jogo começam a convercer-se, aos poucos... E replicam que não podem ser sempre os mesmos a pagar a crise... e neste ponto já estão a fazer parte do jogo dos políticos. E este pobre país nunca se libertará da sua infinita mesquinhez, preguiça, ignorância e infinita inveja.

Coisas Estúpidas

Da próxima vez que eu pedir "uma água" e me perguntarem se "é com gás ou sem gás", vou tratar mal o senhor.

terça-feira, maio 24

Interesseiros e os palermas

Esta dúvida do João Miranda é meramente retórica. Penso que só há dois tipos de eleitores do PS: os que comem à mesa do orçamento e têm medo que lhes mexam nas regalias e os palermas.

É já a seguir!

Ganhar a Taça de Portugal? Acabar 11 anos de jejum a comer dobradinha?

É já a seguir! É que é já, a seguir!

domingo, maio 15

Parti sem fé. Cheguei e comecei a acreditar. Agora só quero... Posted by Hello
O Benfica campeão! Vou esperar uma semana, imerso em trabalho e deixando o blogue de molho. Quando regressar espero debruçar-me sobre os muitos posts que circulam por aí e que sustentam o insustentável: as cabalas, os colos, os golos precedidos de faltas que mais ninguém viu, os penaltys inventados que não querem admitir como justos, os vermelhos inventados pelos árbitros que afinal até acertaram nas pernas dos adversários, e etc. Enfim, espero por factos. Espero por objectividade. Vou esperar uma semana. É lógico que haverá mais coisas interessantes para falar do que futebol, mas por enquanto não me ocorre nada.

terça-feira, maio 10

Lições de economia

A arrogância da direita, de toda a direita, e da nossa, que é a que me preocupa, é o seu ponto fraco. Custa muito discutir certas coisas, que a nós nos parecem evidentes, e que para alguns parecem falácias maldosas e apenas aparentemente simples. Há certos mitos que devem a todo custo de ser combatidos através de explicações pedagógicas. Eu que não percebo muito de economia, que li para tentar perceber alguma coisa, não me sinto à vontade para o fazer. Eu peço a todos os blogues, companheiros solidários na luta pela liberdade do indivíduo, que tem que se concretizar nas vertentes económica, política e moral que nunca desistam de escrever postas que não se dirijam apenas ao leitor interno, aquele que percebe por meias palavras e que se contenta com uma metáfora inteligente ou com uma sátira oportuna e engraçada. eu apelo a que se façam postas em que se expliquem os porquês e os comos, pedagógicos e explícitos, ainda que mais chatos e longos. O apelo dirige-se a todos os que eu admiro, que são os que fazem parte da minha galeria de honra. (Podiam até começar por aquilo que eu sugiro no título...)

sexta-feira, maio 6

Queima das Fitas: Serenata Monumental

Ontem, a praça da Sé Velha e as ruas que lhe dão acesso encheram-se de estudantes, familiares e amigos. Cumpriu-se a tradição de mais uma serenata. E como tradição que é, o respeito pelas pessoas que assistiam e pelos músicos foi pouco, o silêncio não existiu e muito se movimentaram os estudantes. Mas viram-se muitas lágrimas, troca de beijos, enfim, muitas e variadas emoções. De tal forma que foi chamada a ambulância. Porquê não sei mas sei que provocou alguma confusão.
Mesmo assim não estavam lá todos. Ainda houve quem teve o bom senso de ficar em casa ou noutro sítio por não gostar do espectáculo nem da tradição.
Felizmente ainda há tradição. Sem ela as ruas da Sé Velha ontem teriam estado vazias… E isso seria uma pena…

quinta-feira, maio 5

Já não estamos na década de 60?

Em resposta a este comentário da Mia, a propósito deste post:

"Acontece que já não estamos nos anos 60, que o mundo tem evoluído (e assim tem de ser) para as preocupações globais consciente que hoje em dia existe uma verdadeira rede onde um bater de asas de uma "borboleta" em Nova Iorque pode provocar um terremoto em Pequim."

Cara Mia,
O Portugal da década de 60 estava 40 anos atrasado em relação a Inglaterra, por isso eles diziam que comprar os nossos textêis era fomentar a escravatura em Portugal. Acontece que isso era uma desculpa esfarrafapada que os industriais do têxtil ingleses tinham para vender os seus produtos sem introduzir inovação. É que se ninguém tivesse comprado os nossos produtos nós tinhamos ficado iguais, isto é, na década de 60.

A China de hoje, pelo menos a maior parte da China, também está 40 anos atrasada em relação a Portugal (não se riam, é para construir uma analogia, não levem à letra). Portanto, quando diz que já não estamos nos anos 60 está a cometer um erro. Em relação a nós eles ainda lá estão. Os países não estão todos no mesmo patamar de desenvolvimento e certamente não evoluem todos à mesma velocidade , e isso acontece porque muitos se mantêm à margem do progresso dos outros, sobretudo através de medidas protecionistas ou de isolamento.

Mas esteja descansada que a China, à velocidade que está e com as saloíces que por cá se defendem, não demorará muito a ultrapassar-nos.

segunda-feira, maio 2

Queima das Fitas 2005

Ao ler o Blasfémias lembrei-me que a Queima das Fitas de Coimbra também devia ser referida na blogosfera…
Este ano sou finalista. Não vou ao jantar de curso, não comprei cartola nem bilhete geral e já no ano passado não fui no carro… Sou anti-social ou pobre. Normalmente optam pelo primeiro. A última hipótese que ocorre à maior parte dos estudantes da Universidade de Coimbra é a de ser uma opção pessoal, vontade própria.
Adaptada aos vícios actuais, a tradição ainda se cumpre por aqui. Muitas vezes uma tradição que se impõe a quem se quer integrar.
Integração é palavra de ordem na cidade dos estudantes. Uma palavra com um sentido muito específico que serve os desígnios da praxe académica. Mas nesta altura já quase todos estão integrados e restam apenas alguns acertos que terão que ser feitos nestas últimas semanas antes da Queima. Ficando então totalmente integrados os caloiros que o vão deixar de ser em breve. (Não sei se acontece em todos os cursos, no meu já é tradição um ano não se dar bem com o que o precede. Terá que ver com a praxe? Nã!)
De qualquer maneira, eu não cumpro a tradição por ser tradição. E quem a cumpre, dificilmente compreende que haja quem não o faça por opção.
Enfim, na próxima semana também não vou ter o controlo remoto da aparelhagem geral… Não tenho opção!...

domingo, maio 1

No Portugal de Hoje...

... um jornalista, sobre a questão das ajudas financeiras a dar aos agricultores, por causa da seca, interroga prepotentemente o ministro da agricultura:

"acha que cem milhões de euros são suficentes?"

É claro que não, percebe-se pela pergunta do jornalista. Mas calma, para o ano há mais.

A cassete liberal

Sic. Sexta-feira à noite. Debate sobre os textêis da China. O que fazer? Eles vêm aí!

Este homem defendeu o capitalismo selvagem. Segundo o ilustrado senhor da CGTP este homem debita a sua cassete do liberalismo selvagem. A expressão utilizada foi: "você vem para aqui repetir o que aprendeu na escola". Foi talvez a primeira vez que ouvi falar na cassete liberal. Só por isso, Sarsfield Cabral passou a partir de ontem a ser um dos meus deuses/mártires liberais. A uma simples ordem sua estarei disposto a colocar um cinto de bombas e fazer explodir um qualquer bastião de ideias esquerdistas.

Mais a sério, tenho que dizer que o programa deixou-me desesperado. Um senhor da CGTP a defender os trabalhadores das empresas, um representante dos industriais de têxteis, um representante da China e Sarsfield Cabral. Este último devia estar ali apenas porque sabe de economia, mas soube fazer melhor: adoptou a defesa do consumidor português, entidade completamente desprezada pelos dois primeiros senhores que enumerei. Os entrevistadores, Ricardo Costa e Nicolau Santos interromperam-no repetidamente, não aceitavam certas posições deste como válidas. A imparcialidade jornalística é completamente irrelevante por aquelas paragens. De cada vez que os senhores defendiam uma ideia protecionista acabavam a frase dizendo que não defendem o protecionismo. Definitivamente o Liberalismo é escarnecido por tudo e por todos que não compreeendem a dimensão progressista de uma tal teoria económica. O que por cá importa é quem está, quem tem, não o que se poderá fazer de melhor. O paternalismo como foi tratada a senhora representante dos interesses Chineses foi nojento. Sarsfield Cabral lembrou o que os têxteis portugueses sofreram como protecionismo europeuna década de 60 e como só a sua abolição anos mais tarde permitiu que os portugueses subissem o seu nível vida, e que na Europa o preço dos têxteis aumentaram quase 10% nos últimos anos, quando no resto do mundo baixou quase 30. Foi interrompido, contestado e até troçado.

Agora, segundo o novo discurso difundido pela comunicação social, e que várias vezes adopta como seu, o liberalismo é uma cassete. Impossível de pôr em prática, porque as suas consequências seriam desastrosas. Não sabem que a Economia Mundial só se desenvolve com medidas liberais, que por exemplo o António Vitorino defendeu no programa do Sérgio Figueiredo, ainda há pouco.
É que ainda há Socialistas inteligentes, embora sejam poucos, que sabem que a economia de mercado é a única via de progresso. Mas isso não pode valer só às vezes e só para alguns. É, tem que ser, um princípio a defender sempre por toda e qualquer pessoa decente, que se preocupa com o progresso e o bem estar das pessoas.

Santa Lúcia

Desde que morreu a irmã Lúcia que a Académica não perde um jogo. E com este vão onze. Assim teremos Coimbra de Primeira para mais uma época, pelo menos. O Santo Padre terá que ter isso em conta. Se a minha Briosa para o ano lutar pela Europa, essa será a prova definitiva para a canonização de uma nova Santa Portuguesa. Posted by Hello

E é do meu lugar anual no Estádio Cidade de Coimbra que contemplo estes assuntos de fé, afinal qual é a verdadeira diferença entre o fanatismo clubístico e a crendice religiosa?