segunda-feira, fevereiro 27

HBO



Se a HBO fizesse carros chamava-se Mercedes. O seu nome é sinónimo de séries de qualidade. De momento na :2 temos Larry David e a imperdível Roma. As lutas pelo poder, o retrato histórico, a economia do dia a dia de há 20 séculos atrás, as crenças romanas, a sua higiene, o sexo, o esquema político e as representações civilizacionais, o carácter de um soldado, a solidão de um ditador, a sensualidade feminina, às segundas-feiras numa televisão perto de si. Porque, por ser televisão, não quer dizer que não possa ser muito melhor do que cinema.

1 ano!

Muitos Parabéns! E a minha gratidão a uma das minhas referências na blogosfera.

domingo, fevereiro 19

Serviço Público

Já todos devem ter reparado mas quem tem outras opções de escolha pode não ter noção do exagero da programação da televisão pública portuguesa para um domingo de chuva.

Serviço público de televisão?? Eu tinha uma sugestão. Que tal oferecer uma opção aos outros canais genéricos?

É que eu ainda nem sequer tenho hipótese de aderir à televisão por cabo e vivo numa cidade.

sexta-feira, fevereiro 17

post à Nuno Rogeiro

"Se fosse necessário voltar a referir a completa superioridade moral e material dos comunistas relativamente ao imperialismo(...)"

O PCP reescreve a história todos os dias. É uma mistura de negação da realidade, ignorância e má fé. Só assim se explica a "superioridade moral e material".

Quanto à superioridade moral, esqueceram-se de que Estaline era aliado de Hitler, até que Hitler lhe declarou guerra. Foi por causa dessa aliança que a União Soviética invadiu a Finlândia, e dividiu a Polónia com Hitler.

Quanto à superioridade material Soviética, também se esquecem dos 2660 navios, representando 16 529 791 toneladas de material, que os Estados Unidos enviaram para a União Soviética, das quais 15 239 791 chegaram efectivamente ao destino. Entre estes artigos constaram 427 284 camiões, 13 303 viaturas de combate, 35 170 motocicletas e 2 328 peças de artilharia.

Fonte: The Strange Alliance, John R. Deane, 1947

ensino burguês

"O Governo gastará 7.000.000.000 € em educação em 2006. Para dar educação a 1.400.000 estudantes. Gastará 5.000 € por estudante. Em colégios privados faz-se a festa por 3.000€. Feitas as contas, o Governo gasta 4.200.000.000 € em educação e desperdiça os outros 2.800.000.000 €. O problema é só este."

quarta-feira, fevereiro 15

o medo ocidental

A Europa saiu da I Guerra Mundial com muito medo. Quando apareceu Hitler ganhou ainda mais medo. Daladier e Chamberlain fizeram todas as cedências possíveis perante as encenações de Hitler. As encenações consistiam na tese do território vital do povo alemão. A tese era ridícula, mas os governos europeus tinham medo e cederam. Cederam tudo o que podiam. Evitaram enfrentar o seu medo, e o medo acabou por dominá-los e quase derrubá-los.

Hoje em dia, a Europa tem medo do Islão. O Islão faz as suas exigências. Estas exigências são ridículas e não passam de um pretexto. Mas a Europa quer acreditar que pode resolver o problema e faz as suas cedências (Solana, Annan, Freitas). Acha que isso resolverá o seu medo. A opinião pública assiste, e grande parte com um crescente ódio ao Islão, é certo que todos os ódios têm por detrás um medo. E agora resta saber se o medo vai desaparecer em face da satisfação das exigências. É certo que não vai. Ele voltará mais tarde.

Nota: Churchill, aquando do Blitz sobre a Inglaterra, e perante a impossibilidade de a Alemanha consumar uma invasão da Grã Bretanha, podia ter negociado a paz, e manter as suas colónias intactas. Mas Churchill não era "sensato" no sentido que Freitas do Amaral dá ao termo. Ele sabia que só com a completa destruição do Nazismo o seu medo desapareceria. Ele enfrentou o problema.

crítica

Um bom filme. Não é um panfleto, nem um documentário. É baseado num livro. E esse livro é baseado num facto histórico. Mas vale mais pela sua estética ficcional de raíz histórica do que o inverso. Mas se a sua intenção é conhecer a História, e não a história, também vale a pena ir ver.

terça-feira, fevereiro 14

plágio

O sketch da Sic-Notícias sobre a sua informação desportiva em que os seus repórteres se encontram sempre em cima do acontecimento, seja dentro de um campo de futebol seja dentro de uma piscina é uma cópia quase exacta de um sketch da CNN ao seu programa World Sports. Ao menos que tenham pago os direitos de autor.

Dia dos Namorados

De tanto ouvir falar em Valentine's Day, até na CNN toda a tarde, quando fui fazer um bolo, imaginem!, saiu isto:

socialismo cor-de-laranja

Paula Teixeira da Cruz fala na Sic-N contra a directiva Bolkeinstein. Envergonha qualquer liberal que tinha esperança que o PSD conseguisse ganhar um discurso independente da esquerda estalinista e trotskysta, e do socialismo cor de cosa. Paula Teixeira da Cruz é a socialista cor de laranja. Assim não vão lá. Ainda não acordaram para os verdadeiros problemas do país. Comigo não contem. Até o João Soares está completamente de acordo com ela...

segunda-feira, fevereiro 13

prós & prós ou contras & contras

No inefável programa da RTP fiquei a saber que caso Belmiro de Azevedo tenha sucesso na OPA e a concentre num único grande grupo económico isso criará um grande monopólio que será prejudicial para o contribuinte/cidadão. Mas se Belmiro comprar o grupo PT para vender empresas do grupo então estará a desmantelar a maior empresa do país o que será prejudicial para o contribuinte/cidadão.

bom senso

António Vitorino demarca-se da posição de Freitas do Amaral e de Vitalino Canas. Frases chave: "As caricaturas são um pretexto", "a Europa tem que adoptar uma posição firme na defesa dos seus valores".

Portugal - Irão

"Porque não, para além do campeonato do mundo de futebol e do campeonato europeu de futebol, fazer um campeonato euro-árabe de futebol. Eu [acho] que era uma das coisas que mais poderia aproximar as duas civilizações." (Freitas do Amaral, MNE e Bobo da Corte)

Como o meu colega Mário também já explicou, estas declarações politicamente são tão ridículas que não merecem sequer o mínimo comentário, mas também mostram uma coisa muito simples: o nosso MNE não percebe nada de futebol. Nada, nada, nada, nada. Então é pelo exemplo civilizacional do futebol que o MNE pretende começar? Num sítio onde vale tudo desde a pior agressão verbal que se conseguiu arranjar, até às agressões físicas que só se evitam com centenas e centenas de polícias nos estádios?

Pois eu vou dar uma ideia que talvez leve o nosso MNE esteja um pouco mais atento ao fenómeno do futebol: eu sugiro que os adeptos portugueses que irão assistir ao jogo Portugal-Irão do próximo campeonato do mundo levem uma faixa gigante com uma caricatura gigantesca de Maomé (que até podia estar vestido com a camisola da selecção nacional, porque não?). Não acho que seja de maneira nenhuma despropositado ou descontextualizado. No futebol costuma fazer-se muito pior do que publicar umas caricaturas inofensivas. Seria um verdadeiro espectáculo nas bancadas, que levaria o nosso MNE a perceber que o que se passa hoje em dia nas nossas sociedades tornam qualquer caricatura uma coisinha de uma insignificância atroz, e que o que se está a passar no mundo árabe não tem nada que ver com isso. Ah, é claro, e isso serviria também para que finalmente o nosso MNE visse um jogo de futebol.

domingo, fevereiro 12

I love Denmark


Mas... até vejo uma vantagem no boicote dos seus produtos por parte dos países árabes: mais "bombocas" para mim (ou danicreme, whatever)

sábado, fevereiro 11

é tão saudável viver na aldeia

Gostava muito que os meus vizinhos lessem blogues. É que vinha cá todos os dias escrever o quanto odeio que eles queimem o lixo.

sexta-feira, fevereiro 10

um dia muito triste

Para toda a blogosfera, e sobretudo para a blogosfera que se bate pela liberdade, que perde uma das suas referências mais importantes. A autora do Semiramis faleceu. Fica o seu blogue. Insubstituível.

quinta-feira, fevereiro 9

PS on fire

"Um dia depois de Manuel Alegre ter criticado a omissão de Freitas do Amaral sobre os actos de violência resultantes da publicação dos "cartoons" do profeta Maomé, alguns deputados socialistas lembraram que num grupo parlamentar deve prevalecer o colectivo."

Para que servem 230 deputados? Bastava uma eleição para estabelecer as correlações de forças entre os partidos e o número de votos de cada um... Para quê que pagamos a tanta gente? Para quê que os incomodamos, se o que conta é o colectivo?!

Inacreditável como o PS não consegue estar um dia sem mandar um tiro no pé.

inacreditável

ouvido na TSF (ouvir para crer!):

"Vitalino Canas compara caricaturistas e fundamentalistas - Vitalino Canas, vice-presidente da bancada parlamentar socialista, afirmou esta quinta-feira que caricaturistas irresponsáveis e fundamentalistas violentos estão bem uns para os outros." (TSF)

É incrível a tendência do PS para fazer asneiras. Primeiro foi Freitas do Amaral a asneira. Mas depois desta frase inacreditável penso que se vai libertar um bocadinho da pressão sobre Freitas.

quarta-feira, fevereiro 8

utopia

Gostava que os programas de futebol falassem de futebol. Que as empresas privadas fossem realmente privadas. Que as empresas públicas fizessem alguma coisa pelo "público".

coming out of the closet


Se este senhor admite jogar isto, então também eu sou capaz de o admitir. Uma coisa são os videogos. Outra coisa são os jogos de RTS (Real Time Strategy), onde além do jeito e do domínio do próprio jogo (em inglês, a "skill"), ganha quem aplicar a melhor estratégia na melhor altura.

É lógico que esta coisa de aplicar uma estratégia num videojogo só se aplica quando enfrentamos outra pessoa, já que são poucos os computadores do mundo que são capazes de competir com a mente humana (o deep blue por exemplo). Quando se joga contra a intelegência artificial do computador desenvolvemos apenas a nossa skill do jogo, mas nunca a nossa capacidade criativa, que nos permite aplicar uma determinada estratégia.

Se o Pacheco Pereira é fã do Comand & Conquer, então eu devo dizer que sou um fã incondicional do Rise of Nations, e da sua expansão. Contudo, ultimamente dediquei-me ao último êxito dos Ensemble Studios (foto acima).

Até agora não me estou a sair muito mal.

quinta-feira, fevereiro 2

mais dinheirinho sff porque nós somos muito culturais, tá?

Carlos Reis, Ana Pires, José Manuel Pureza, Abílio Hernandez, José António Bandeirinha, João Maria André e Marisa Matias são os autores de um texto publicado hoje no Público, na secção Cultura, que é a coisa mais ridícula que já li. Não conhecesse a filosofia da "Cultura de Coimbra" (alguns destes senhores são professores da Universidade de Coimbra) e ficaria até surpreendido.

Único objectivo do texto: reivindicar mais subsídios para a cultura (a deles como é lógico). Porquê? Porque o Presidente da Câmara Municipal, por inerência o representate dos interesses dos eleitores/contribuintes do concelho resolveu racionalizar os gasto da cultura.

Como é habitual o texto opta pela indignação em detrimento do uso de argumentos. Porquê? Porque eles sentem aquele dinheiro como deles, não como sendo de todos os contribuintes do concelho. É o resultado de décadas de vidas, e carreiras, feitas à custa de dinheiro público, em actividades sem qualquer controlo de mercado, em que o sucesso das iniciativas culturais é medido pelos próprios amigos num círculo fechado, e não pelo grande público, pela aceitação das massas. Caso as iniciativas fossem relevantes, fossem de grande qualidade, então após alguns anos de farto incentivo estatal, conseguiriam agora, com uma racionalização (= corte) das despesas essas iniciativas culturais não teriam problemas em subsistir com o dinheiro do público, ou mesmo dos próprios, se eles o admitem como fundamental.

É claro que a justificação deste tipo de senhores é sempre fomentar a cultura dos outros. Mas então porque é que nós, contribuintes, havemos de pagar a cultura dos outros. Eu sei do que gosto, e pago aquilo que eu gosto.

Nota: apenas dois partidos votaram contra o orçamento, o que significa, caso sejam o BE e o PCP esses partidos, que há um consenso de cerca de 90% dos eleitores/contribuintes.

quarta-feira, fevereiro 1

anedota do dia

(No Público de hoje) Esta notícia começa assim: (só para assinantes)

Climatologista diz que Administração Bush o tentou silenciar

E acaba assim:

A sua maior irritação, disse, reside no facto de a maioria das directivas que recebeu terem sido dadas por telefone e não através de canais formais, não havendo por esse motivo qualquer registo documental. [o que significa que não pode provar nada]

jornal Público blasfema contra a religião das alterações climáticas

Destaque do Público de hoje:

"Uma conjugação de vários factores meteorológicos explica por que razão Portugal ficou coberto de branco na tarde de domingo e por que motivo caiu neve em regiões onde tal não acontecia nalguns casos há mais de meio século, como sucedeu em Lisboa e em alguns pontos do Algarve. O anticiclone dos Açores faz parte da explicação, mas tratou-se de um fenómeno, não de um reflexo das alterações climáticas."

Segundo a Religião das Alterações Climáticas, patrocinadora deste sítio e do carnaval da Mealhada, toda e qualquer manifestação climática e metereológica normal ou anormal comprova a teoria das alterações climáticas. Não estamos dispostos a discutir aquilo que é óbvio: o mundo vai acabar e a culpa é dos americanos e dos neo-ultra-liberais.

há comentários que valem mais que os posts...

Estava eu a ler este triste post...

...e li estes exclentes comentários:

"Quando Thatcher chegou ao governo em 1979 a receita corrente do estado era 39,5%PIB. Com crescimentos negativos do PIB atingiu 45,5%PIB em 1982. Saíu do governo em 1991 com 40,6%PIB e a dívida pública reduzida a metade. A receita corrente do governo aumentou 1%PIB. Mas manteve-se nos 40%PIB. Era baixa e manteve-se baixa. No mesmo ano de 1991, a da Suécia foi 62,6%PIB, da Noruega 58,6%PIB, da Finlândia 56,1%PIB, da Dinamarca 54,9%PIB, da Holanda 52,0%PIB, da Áustria 50,4%PIB, da França 49,0%PIB, da Bélgica 46,6%PIB, do Luxemburgo 44,0%PIB, da Alemanha 43,7%PIB, da Itália 43,5%PIB, e da Irlanda 40,3%PIB. A diferença é só esta.Dados em http://www.ipw.unibe.ch"

"O Estado não é todo ele social e o que é social é pouco eficaz. E está falido.O Estado tem 3 funções: soberania; social; mama.É preciso desmantelar a função mama do Estado, para que o Estado possa ser mesmo social.Há um equívoco dentro do Estado social. Se o Estado convidar quem pode trabalhar a não trabalhar, não é Estado social, é Estado mama."

"Neo-liberalismo não existe. Ou é liberalismo, ou não é liberalismo. Emprego sem garantias não é liberalismo, é selvajaria. Liberalismo é reduzir o Estado à estrita função de soberania, à função verdadeiramente social e pouco mais."

deste senhor aqui... uma excelente descoberta.

Afinal há vantagens em ler os blogues das celebridades: através do Abrupto conheci o Blasfémias, e através do Espectro conheci o Arnaldo Madureira.