Biblioteca de Babel
Sonho com uma casa com uma biblioteca grande e cheia de livros…
Mas, por enquanto, tento que consultar os livros de que vou precisando para os meus estudos em bibliotecas. E quase sempre sou levada à Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra (BGUC), onde, por vezes, se encontra o único exemplar (em Coimbra) do livro que procuro.
Quem conhece a BGUC já percebeu onde quero chegar. Mas nem toda a gente conhece. E mesmo entre os estudantes de Coimbra, há alguns (muitos) que não conhecem… Não os censuro. Trata-se de uma Biblioteca ampla e com uma base de dados bibliográfica notável mas não é, de todo, fácil nem agradável consultar um livro. Primeiro temos que deixar todas as nossas coisas à entrada, com uma senhora que está escondida num pequeno cubículo apenas identificável por uma pequena janela de que só nos apercebemos quando o segurança nos indica. Depois, apenas com uma caneta e um bloco, podemos prosseguir para o próximo nível: subindo as escadas vamos encontrar uma porta onde podemos consultar a base de dados electrónica ou os arquivos manuais, para as entradas mais antigas, e então requisitar os livros que procuramos. (Agora penso que já se faz o pedido por computador.) Mas a viagem não termina aqui… Temos ainda que passar por um torniquete e só depois entramos numa sala com muitas colunas e com alguns dicionário à volta (vá lá!), uma sala que lembro sem janelas e com um candeeiro em cima das mesas onde aguardamos que nos tragam o livro desejado. Então, podemos optar por ler o livro naquela sala silenciosa e anoitecida ou, se tivermos muita vontade de sair dali e voltar para junto dos livros onde estão as nossas leituras, podemos tirar fotocópias ao que nos interessa, pagando 0,10€ por cada fotocópia que nós próprios temos que tirar.
Posso exagerar ou até estar enganada quanto a algum aspecto. Mas, na minha primeira vez, senti-me um pouco perdida no meio de todos aqueles rituais e só através de um pedido explícito os bibliotecários orientavam.
Sei que estou a ser insensível a um edifício histórico que tem muita cultura nas suas estantes. Um espaço que preserva a tradição e que luta contra esta geração que procura tudo feito, e não suporta a distância nem a espera.
Estudar não tem que ser uma brincadeira nem necessariamente agradável mas terá uma biblioteca que ser tão desagradável e fechada aos seus utilizadores (alunos)?
Porque é que nos Institutos e na Biblioteca da minha faculdade os livros estão presos entre estantes gradeadas e fechadas a cadeado? Porque é que sempre que quero consultar um dicionário ou uma enciclopédia tenho que pedir a uma funcionária e preencher uma requisição?
Eu diria apenas que é por isso que, a escolher uma biblioteca, eu escolho a Biblioteca Municipal de Coimbra. Um espaço onde posso entrar sem qualquer restrição, agradável, com vários livros disponíveis para consulta, e que apenas alguns temos que pedir mas mais por questões de logística, um espaço onde posso relaxar a ver um filme, ouvir música e ler imprensa escrita. Isto tudo apenas com um cartão de sócio com baixos custos de manutenção e só se quisermos levar para casa algum material. E digo material porque podemos levar 3 livros, 2 CD e 1 filme, os primeiros por 15 dias e os dois últimos por uma semana.
Os horários e o espaço da BG, os serviços e a organização da Biblioteca Municipal de Coimbra…
…a minha biblioteca pública (para o público) de sonho…
…podia chamar-se a Biblioteca de Babel…
Mas, por enquanto, tento que consultar os livros de que vou precisando para os meus estudos em bibliotecas. E quase sempre sou levada à Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra (BGUC), onde, por vezes, se encontra o único exemplar (em Coimbra) do livro que procuro.
Quem conhece a BGUC já percebeu onde quero chegar. Mas nem toda a gente conhece. E mesmo entre os estudantes de Coimbra, há alguns (muitos) que não conhecem… Não os censuro. Trata-se de uma Biblioteca ampla e com uma base de dados bibliográfica notável mas não é, de todo, fácil nem agradável consultar um livro. Primeiro temos que deixar todas as nossas coisas à entrada, com uma senhora que está escondida num pequeno cubículo apenas identificável por uma pequena janela de que só nos apercebemos quando o segurança nos indica. Depois, apenas com uma caneta e um bloco, podemos prosseguir para o próximo nível: subindo as escadas vamos encontrar uma porta onde podemos consultar a base de dados electrónica ou os arquivos manuais, para as entradas mais antigas, e então requisitar os livros que procuramos. (Agora penso que já se faz o pedido por computador.) Mas a viagem não termina aqui… Temos ainda que passar por um torniquete e só depois entramos numa sala com muitas colunas e com alguns dicionário à volta (vá lá!), uma sala que lembro sem janelas e com um candeeiro em cima das mesas onde aguardamos que nos tragam o livro desejado. Então, podemos optar por ler o livro naquela sala silenciosa e anoitecida ou, se tivermos muita vontade de sair dali e voltar para junto dos livros onde estão as nossas leituras, podemos tirar fotocópias ao que nos interessa, pagando 0,10€ por cada fotocópia que nós próprios temos que tirar.
Posso exagerar ou até estar enganada quanto a algum aspecto. Mas, na minha primeira vez, senti-me um pouco perdida no meio de todos aqueles rituais e só através de um pedido explícito os bibliotecários orientavam.
Sei que estou a ser insensível a um edifício histórico que tem muita cultura nas suas estantes. Um espaço que preserva a tradição e que luta contra esta geração que procura tudo feito, e não suporta a distância nem a espera.
Estudar não tem que ser uma brincadeira nem necessariamente agradável mas terá uma biblioteca que ser tão desagradável e fechada aos seus utilizadores (alunos)?
Porque é que nos Institutos e na Biblioteca da minha faculdade os livros estão presos entre estantes gradeadas e fechadas a cadeado? Porque é que sempre que quero consultar um dicionário ou uma enciclopédia tenho que pedir a uma funcionária e preencher uma requisição?
Eu diria apenas que é por isso que, a escolher uma biblioteca, eu escolho a Biblioteca Municipal de Coimbra. Um espaço onde posso entrar sem qualquer restrição, agradável, com vários livros disponíveis para consulta, e que apenas alguns temos que pedir mas mais por questões de logística, um espaço onde posso relaxar a ver um filme, ouvir música e ler imprensa escrita. Isto tudo apenas com um cartão de sócio com baixos custos de manutenção e só se quisermos levar para casa algum material. E digo material porque podemos levar 3 livros, 2 CD e 1 filme, os primeiros por 15 dias e os dois últimos por uma semana.
Os horários e o espaço da BG, os serviços e a organização da Biblioteca Municipal de Coimbra…
…a minha biblioteca pública (para o público) de sonho…
…podia chamar-se a Biblioteca de Babel…