Os mitos da esquerda: produtividade e consumo
Citar e recomendar o Semiramis é quase redundante. Mais valia abrir links para todos os posts. Mas este satisfez-me de forma particular. Refuta completamente os mitos da esquerda da “febre consumista” da sociedade e o do mito da produtividade exagerada. Faz-me lembrar um grupo de ex-colegas meus que se reuniam com um ex-Professor meu da Faculdade de Letras numa tertúlia semanal para discutir textos de Marx. Um dia convidaram-me e foi um debate animado toda a tarde. Fui confrontado com todos os mitos da esquerda radical , com as todas as cassetes e as teorias da conspiração. Mas, o que mais me chocou, foi a convicção com que todos defendiam a ideia de viverem num mundo fachada dominado por meia dúzia de capitalistas que dominavam a política a nível mundial. O grau de radicalidade dos argumentos e o estado de alienação em que pareciam mergulhados fazia o meu discurso parecer conservador. De qualquer maneira, um dos argumentos do meu Professor Pires Laranjeira era o de que com a produtividade actual de um trabalhador bastaria que este trabalhasse metade do tempo que trabalha, (presume-se que o resto do tempo que trabalha é pura exploração esclavagista, ditada por uma conspiração perpetrada por todos os patrões contra todos os assalariados), o outro era de que as grande empresas nos fazem consumir aquilo de que não precisamos. Não me defendi mal (é fácil de demonstrar que o consumo é o alicerce da economia, e quanto às teorias da conspiração não há defesa possível…). Mas quem me dera na altura ter este artigo à mão.