Socialismo versus Liberalismo I

Como não disponho de muito tempo agora, deixo uma questão.

A Coreia era só uma até 1950. Depois daí uma adoptou um sistema e tornou-se numa das 7 economias mais fortes do mundo. A outra tornou-se na ditadura mais fechada do mundo. Um pais que simultaneamente tem um dos exércitos mais poderosos do mundo e a maior taxa de mortalidade por Fome da sua população.

Pergunta: Qual é a Coreia Socialista?

Sabiam? Então esqueçam!

Sou um adepto do Liberalismo. O Liberalismo enquanto teoria económica. Para isso é preciso saber qualquer coisita sobre economia.

Para quem não sabe, dia 20 de Fevereiro vamos escolher o modelo económico que preferimos. Mas não digam nada a ninguém, não é para se saber.

De qualquer maneira afirmo já que nenhum partido que vai concorrer às eleições é Liberal. Passo a explicar.

O Liberalismo é a teoria económica que mais se opõe ao Socialismo. Liberalismo significa menos Estado. Socialismo representa mais Estado. Assim às três pancadas chega.

O Partido Comunista, marxista-leninista, tenta implantar um modelo de sociedade que nunca resultou em parte nenhuma do mundo. São socialistas. E não admitem mudar uma vírgula do que os seu deuses escreveram desde há 150 anos.

O Bloco de Esquerda também quer implantar um modelo de sociedade que nunca funcionou em lado nenhum. Mas com várias diferenças, não usam a palvra comunismo.

Bem, afinal era só uma diferença. É um bloco modernaço, mesmo fixe, tás a ver? Ideologiacamente são Socialistas. Mas escamoteiam o seu extremismo ideológico (leiam, na última Sábado, a entrevista feita pelo Miguel Esteves Cardoso ao Francisco Louçã) da seguinte maneira: os regimes de Estaline, da China, da Coreia do Norte, de Cuba, etc, não resultaram porque os seus líderes eram maus. Isto é, um regime socialista implica sempre um Estado forte, que controla a economia e, logo, os seus cidadãos. O que eles dizem é que esses eram maus e eles serão bons. Concentrar o poder para eles não é mau, porque eles são moralmente bons. Isto é, melhores que os outros, percebem?

De qualquer maneira, se quiserem votar neles é uma experiência muito fixe, vale a pena tentar ya mén. Cool!

O Partido Socialista, tal como se apresenta hoje não é um partido socialista. Porquê? Porque eles descobriram, com Mário Soares (quando se diz que ele meteu o Socialismo na gaveta) que só se consegue produzir riqueza com livre comércio e livre mercado. Por isso o Partido Comunista passa a vida a dizer que o Partido Socialista tem políticas de direita. Toparam?
Quando muito, o Partido Socialista é um partido social-democrata. Então o que o distingue do PSD? É simples, o PSD sempre que quer fazer uma reforma no país tem que tirar previlégios à classe mais favorecida da nossa sociedade: os funcionários públicos. Ora bem, aí entra o PS, que defende a Função Pública. E pronto. Chega para ganhar. 700 000 funcionários públicos, com familiares, dependentes, amigos e interessados e tal... dá à vontade 3 milhões de eleitores.

E o PSD? É um partido social democrata, o que significa que rejeitando uma sociedade socialista, pretende implantar a livre iniciativa, o livre comércio, a economia de mercado (que fazem parte do Liberalismo Económico), mas que simultaneamente defendem o Estado Providência. O que significa que o Estado deve agir na economia sempre que o mercado não funcionar. O problema é que isso significa que o Estado deve intervir na economia sempre que os políticos não criaram condições para o mercado funcionar.

Por isso Portugal só evolui quando temos governos PSD. Mas não sendo um partido perfeito, de vez em quando aprecem por lá uns Santanas Flopes... enfim!

O CDS, podia ser muita coisa, mas com o líder que tem é apenas o partido contra o aborto.

Última nota. Na minha opinião a política não serve para fazer experiências. Devemos conhecer a História, a Economia e maximizar os nossos recursos. Quem achar que quer algo... diferente, só porque sim... então vota no Bloco.

Nos próximos episódios falarei das diferenças entre o Socialismo e o Liberalismo.

Aos Leitores deste Blogue

Será que existem? Não sei... nunca se manifestam, mas de vez em quando lá me dizem pelo messenger e me dizem que leram e que está muito bem, etc... as cortesias da gente simpática. Agradeço a todos. A vós quero dizer o seguinte.

Ao contrário do que alguns escritores patetas dizem, escrever não é um chamamento que seja mais importante que ler. Se fosse assim, não haveria leitores. Se todos escreverem na mesma proporção com que lêem então não haveria leitores para os escritos que se produzem. Haveria uma média de um leitor por cada escritor, e se todos os escritores lessem.

Eu acho que não vale a pena escrever se ninguém nos ler. Primeiro porque é um trabalho improdutivo. Segundo porque ler é muito melhor, com a leitura aprendemos, tornamo-nos mais ricos, crescemos, com a escrita apenas aliviamos a memória. É bom aliviar a memória, escrever ajuda a guardar certos pensamentos que temos medo de esquecer. Ajuda também a partilhar o que sabemos com os outros, ou o que sentimos (se isso interessar a alguém).

Daí que eu me interrogue constantemente se vale a pena escrever. Se não o faço é porque sinto que ninguém lê. Mas depois lá recebo mais uma mensagem de akguém que me diz para continuar... Não sei que fazer, e gostava que me ajudassem. Sei que há 8 ou 9 pessoas que passam por cá casualmente, mas nunca deixam comentários. Ora, sem comentários não tenho o feedback necessário para voltar a fazer... por isso eu só escrevo erraticamente... é quando calha com o assunto que me incomodar mais na altura.

Não custa nada deixar um comentário, é só carregar nos comments (por baixo de cada post), e depois clicar em post a comment. Outra possibilidade é mandar-me um mail. Mandem por favor para paulosalvador@gmail.com . Mas por favor digam alguma coisa, para eu ter um motivo qualquer para escrever para vocês. Comuniquem, a internet é uma coisa cada vez mais impessoal, e não custa nada. Adicionar este site aos favoritos para o poderem consultar depois demora 5 segundos, em meio minuto podem passar pelo blogue quando regressarem à net. E escrever um mail é coisa de menos de um minuto.

Continuo à procura de alguém que queira escrever um blogue comigo. Estou sempre disponível pela net. Porque ela torna toda a gente acessível. É pena que a maior parte das pessoas só a usem para reenviar mails. Acho isso deprimente. Tenho vários contactos que nunca me escreveram um mail... apenas reenviam... será que as pessoas que o fazem têm consciência da sua falta de originalidade, da pobreza da sua mensagem? Reenviam o que receberam, não acrescentam um olá. Reenviam coisas que alguém que tenha mais que dois contactos recebe em duplicado ou triplicado. Porque não aproveitam para falar com as pessoas?

Fico à espera dos contactos.

A verdade e a Mentira

Eu tenho que me conformar que os telejornais e os jornalistas não consigam tratar as notícias com objectividade.

Eu tenho que me conformar que nem toda a gente preste atenção a estas questões, ídeológicas e económicas, faça leituras sobre isso, e tente compreender as intenções de uns e de outros. Logo, tenho que me conformar que muita gente ouça aquilo que se diz nos telejornais e acredite. E mesmo que depois venham repetir aquilo que ouviram como se fosse verdade.

Agora eu não me conformo que a ideologia veiculada seja sempre a mesma: anti-globalização, anti-americana e anti-liberal.

Não me consigo conformar que um jornalista afirme, não num comentário, mas numa apresentação de uma notícia, que "já se chegou à conclusão de que o Liberalismo não resolve os problemas do planeta".

Não me consigo conformar que se aceite tudo o que o Fórum Social Mundial, que está a decorrer no Brasil, como bom, certo, correcto, justo e sobretudo como um grito de esperança, como um discurso de salvação do planeta.

Não é. E a minha certeza até me dá voltas ao estômago, sobretudo quando penso na ligeireza com que afirmam o contrário. Querem fazer de nós parvos e, muitas vezes conseguem.

P.S.: o pensamento dominante inclui a diabolização dos poderosos (os liberais, que enriqueceram o mundo), que se reúnem em Davos, na Suiça, no Fórum Económico Mundial, que oprimem os explorados (os socialistas). Tamanho maniqueísmo é tipíco dos contos de embalar meninos. Não há pachorra.

Amanhã

Último episódio de Os Sopranos.