terça-feira, agosto 9

exactamente:

"a única cobertura decente dos fogos "florestais" deste ano está a ser feita pelo João Miranda, no Blasfémias. Os links que ele põe são para ser clicados, depois lidos, e não vos fazia mal nenhum imprimirem aquilo e guardarem numa gaveta á mão de lavrar. Para quem tiver dúvidas, aconselho uma viagem pelo barrocal algarvio este ano. Nos milhares de hectares ardidos no ano passado, ali para a zona do Cachopo, por exemplo, é lindo ver que é preciso contar 200 árvores para descobrir uma que não esteja a rebentar de ramagens e folhas novas após ter sido varrida pelos fogos do ano passado. Em contrapartida, em Espinhaço de Cão e Monchique, por exemplo, é também bonito (eu diria muito mais bonito) de ver ainda coberto de cinzas negras de morte todo o eucaliptal e pinhal ardido pela mesma altura. Para além dos dramas pessoais (todos eles originados na pura irresponsabilidade dos donos das propriedades afectadas; a mesma severidade nestas pessoas que a aplicada aos automobilistas por pisarem traços continuos e andarem sem cinto e aquelas pessoas alem de terem a casa ardida iam passar um aninho na prisão), desde que ardeu a Mata da Margaraça (Serra do Açor, um dia palestro sobre o assunto) aqui há uma dezena de anos, que nenhum fogo me preocupou do ponto de vista do patrimonio natural. Tudo o que leem e ouvem sobre os incendios na comunicação social é puro bloco-esquerdismo, ou seja, a mais rasteira demagogia sentimentaloide que os pavões lisboetas usualmente libertam sobre a feira psicológica particular por que tomam país onde vivem."

in A causa Foi Modificada

Em breve colocarei os links dos posts do João Miranda sobre os incêndios florestais.