quarta-feira, setembro 21

Contas à bloco de esquerda (corrigido)

Acabo de ouvir João Teixeira Lopes dizer num debate autárquico que o "aperto do cinto" não é um fim em si mesmo. Isto é, o pagamento de uma despesa não é um fim em si mesmo. Para ele, o dinheiro que se poupa quando se "aperta o cinto" serve apenas para fazer "despesa social". Isto é, para a esquerda, quando existe uma dívida, o objectivo nunca deverá ser pagá-la. O objectivo da poupança de dinheiro (que significa a diminuição de despesas, não a sua anulação) é para gastá-lo novamente, nunca devolvendo o dinheiro ao seu legítimo dono. Isto é a prova de que a Matemática é uma ciência parcial e subjectiva. A Matemática não obedece aos objectivos da esquerda, por isso não serve (já para não falar da economia, que é uma ciência completamente fascista e neo-ultra-irra-liberal, e que por isso não merece qualquer credibilidade).

Isto é a prova provada que a esquerda (e sobretudo a esquerda radical) não é séria. Uma pessoa séria paga o que deve. Isto é a prova provada que a esquerda vive do que rouba, vive do que tira, sem o intuito de devolver, mas de continuar a tirar ad infinitum.

Mas há mais. O Teixeira Lopes acaba de dar algumas soluções para os apartementos que estão há mais de um ano sem ser alugados ou vendidos: "a câmara pega e vende ou aluga por um preço socialmente justo". O que não é dito é a quem é que se tira, a quanto é que se dá, por quanto é que se dá, quem paga, quem recebe, quanto é a comissão para o iluminado que decide tudo e, finalmente, que merda é essa de "preço socialmente justo".

Isto é o discurso do fascismo de esquerda. Que não reconhece o direito das pessoas à propriedade privada. Que não acredita nas pessoas e que lhes limita a sua liberdade, e que substitui a elas para decidir tudo da sua vida. A única solução que apresenta é tirar a uns para dar a outros, mais nada. E o povo assente e concorda. Mas não é só o povo que sociologicamente nos explicam que é normal que sejam estúpidos porque são pobres. Não. são também os meninos que andam na Universidade e que não sendo capazes de decifrar as nuances do discurso político, votam de acordo com o Marketing com que foram formados nas escolinhas, onde todos os professores os alertam para os perigos do capitalismo, para a dicotomia rousseauniana da cultura/lei da selva que pretende branquear a natureza humana, que os educam para a reciclagem e para o ódio às empresas que dão emprego aos pais deles mas que mataram uma borboleta amarela que era do tempo do professor quando ele era pequenino, e esse vão todos votar no Bloco de Esquerda.

Nunca ninguém que tivesse lido o 1984 votaria no Bloco de Esquerda. Mas a ignorância cresce e o Bloco melhora o seu marketing, e a "juventude" vai toda na cantiga, como uma moda. só que isto é perigoso. É muito perigoso. Esta gente não aprendeu nada com a História, e estão dispostos a foder tudo outra vez. E é bem possível que isso venha a acontecer.