Biblioteca de Babel
um blogue liberal
terça-feira, maio 30
não falta nada, não?
"vejo que tive a hipótese de ver em acção Maradona e Zidane, Michael Jordan e (à pele) Larry Bird, Carl Lewis e Michael Johnson, Senna e Schumacher, Indurain e Armstrong, Gebreselassie e Auita, Sampras e Lendl, Bubka, Zelezny, Rodrigo Tello, Jonathan Edwards, Lomu, enfim, para quê mais?"
Se este blogue não estivesse sempre a misturar humor com puras verdades, estava aqui mais um rapazito.
pergunta do século
Será Portugal constitucional? Explicadinho: tendo em conta que mudar alguma coisa para salvar o país vai contra a Constituição da República Portuguesa, será que Portugal, esta merda entre o Atlântico e Espanha, respeita a Constituição da República Portuguesa? Alguém que mande isto para o tribunal constitucional, aposto que chumba.
(o senhor do Público que expeliu este diamante ainda vai conseguir que eu volte a assinar o jornal)
quarta-feira, maio 24
Vasco Pulido Valente: "os violinos de ingres"
«Recebi uma carta assinada por três ministros (a sra. Ministra da Cultura, a sra. Ministra da Educação e o sr. ministro Santos Silva), que me convidava para ser membro de uma Comissão de Honra do Plano Nacional de Leitura. Com a carta vinha uma síntese do dito Plano. O papel da Comissão de Honra seria dar o seu "prestígio e aconselhamento à execução do Plano". Por outras palavras, fazer alguma propaganda à coisa, como de resto o dr. Graça Moura, "muito penhorado", já começou a fazer. Propaganda por propaganda, resolvi responder em público que não aceito. Por várias razões. Em primeiro lugar, porque a carta e a "síntese do Plano" estão escritas num português macarrónico e analfabeto (frases sem sentido, erros de sintaxe, impropriedades, redundâncias, por aí fora). Quem escreve assim precisa de ler, e de ler muito, antes de meter o bedelho no que o próximo lê ou não lê.
Em segundo lugar, não aceito por causa do próprio Plano. O fim "essencial" do Plano é "mobilizar toda a sociedade portuguesa para a importância da leitura" (a propósito: como se "mobiliza" alguém "para a importância"?). Parece que as criancinhas do básico e do secundário não lêem, apesar do dinheiro já desperdiçado no ensino e em bibliotecas. Claro que se o Estado proibisse a televisão e o uso do computador (do "Messenger") e do telemóvel, as criancinhas leriam ou pelo menos, leriam mais. Na impossibilidade de tomar uma medida tão drástica, o Estado pretende "criar um ambiente social favorável à leitura", com uma espécie de missionação especializada. A extraordinária estupidez diste não merece comentário.Em terceiro lugar, não aceito por que o Plano é inútil. Nunca se leu tanto em Portugal. Dan Brown, por exemplo, vendeu 470 000 exemplares, Miguel Sousa Tavares, 240 000, Margarida Rebelo Pinto vende entre 100 e 150 000 e Saramago, mesmo hoje, lá se consegue aguentar. O Estado não gosta da escolha? Uma pena, mas não cabe ao Estado orientar o gosto do bom povo. No interior, não há livrarias? Verdade. Só que a escola e a biblioteca, ainda por cima ?orientadas?, não substituem a livraria. E um hiper-mercado, se me permitem a blasfémia, promove a leitura mais do que qualquer imaginável intervenção do Estado.O Plano Nacional da Leitura não passa de uma fantasia para uns tantos funcionários justificarem a sua injustificável existência e espatifarem milhões, que o Estado extraiu esforçadamente ao contribuinte. Quem não percebe como o país chegou ao que chegou, não precisa de ir mais longe: foi com um número infinito de ?causas nobres? como esta.?Causas nobres?, na opinião dos srs ministros, convém acrescentar.» (21.Maio)
Via Blasfémias e GLQL
terça-feira, maio 23
Descarrilhando
Manuel Maria Carrilho acaba de assinar o seu suicídio político num programa de televisão. Este é já o seu terceiro ou quarto suicídio político. Isto só é possível porque as pessoas não ligam tanto ao que vêem e ouvem, ou porque muitas vezes este tipo de programas não interessa à maioria das pessoas. Isto é mais coisa para os viciados e os curiosos deste estranho fenómeno da política. Para esses o programa Prós e Contra de hoje foi impressionante. Desde a descomunal paciência de Pacheco Pereira perante a mais absurda e ridícula moderadora de programas políticos como perante a completa falta de controlo do próprio Carrilho, que Ricardo Costa soube provocar. A última troca de palavras foi de levar à gargalhada: Ricardo Costa após ler um excerto de Carrilho em que este indignamente insulta um adversário diz que no comentário político estas coisas acontecem. Carrilho grita que Ricardo Costa é o exemplo da maior vergonha do jornalismo (?!?), e Ricardo Costa responde, num tom muito mais moderado, quase que a dizer cheque-mate: "e você é o exemplo da derrota política". E o programa termina com as gargalhadas da assistência, capaz de aplaudir a coisa mais estúpida que ouvir desde que soe bem, uma assistência que pelas suas intervenções (aplausos, por vezes assobios) mostra que está ali não entende nada e está a apanhar uma grande seca, foram esses ignorantes que se acabaram a rir do Carrilho. Foi a este nível que Carrilho chegou, e só o seu desespero o pode levar ainda mais baixo.
segunda-feira, maio 22
quinta-feira, maio 18
Barcelona
Finalmente o Barcelona conseguiu superar uma eliminatória sem beneficiar dos erros dos árbitros. Puyol, cada vez é mais difícil esconder, é um jogador vulgaríssimo. De cada vez que um avançado passa perto dele atira-se para o chão. Os árbitros apitam porque são burros e têm medo.